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O menino que (não) matou os pais



Covardia.

É isso que eu vejo no chocante caso da família de policiais militares brutalmente assassinada no dia 05/08.

Covardia da pessoa que realizou os assassinatos, da polícia – os “grandes”, no caso – em manipular os fatos e da mídia em oficializar a manipulação.

Gostaria de deixar claro o que já é óbvio: É IMPOSSÍVEL (VISANDO DIMINUIR O MANIQUEÍSMO DO POST TROQUEI ESSA EXPRESSÃO POR) ABSOLUTAMENTE IMPROVÁVEL que o garoto tenha matado os pais. Pouco me importa a avaliação de peritos quaisquer. Sem querer ser conspiracionista, mas essa gente é facilmente comprada, e será se for de interesse da polícia.

 – Mas por quê seria?

Pessoas inteligentes que são, vocês conhecem o senso de união das tropas da polícia (evidenciado NESTA ENTREVISTA), e sabem o que aconteceria com assassinos de colegas de trabalho deles. Seria (e é) uma afronta à tropa, e evidentemente haveria retaliação, o que traria à cidade uma guerrilha pela busca dos culpados. Se não aceitar essa teoria, então pelo menos entenda que matar 2 policiais em casa dormindo geraria um certo pânico. Não é do interesse dos altos esquadrões.

OBVIAMENTE.

É muito fácil para a PM manipular alguns fatos. Vamos pensar no garoto que deu o depoimento: Ele não pode ser convencido a dizer o que disse? Ele não pode ser um personagem fictício criado só para alinhar os fatos? Olhem de novo para tudo, para a falta de referências do “melhor amigo”, e me digam se isso é impossível. Assim como não é impossível não ser o Marcelo – filho dos PMs e ACUSADO de assassinar os próprios pais – no carro do vídeo, que SUPOSTAMENTE é verídico. Há muitas brechas na história por si só, mesmo se desconsiderarmos os fatos abaixo:

 - Alguém aí sabe o que é uma pistola 0.40, a arma usada para cometer o crime?

Deixa eu mostrar esse vídeo aqui. Repare que o cidadão segura a arma com as duas mãos e ainda sente o tranco. Uma criança muito provavelmente deixaria a pistola cair. Se o primeiro vídeo não convencer, olha esse aqui. Pelo menos PRECISÃO ele não teria nenhuma. E mais! O garoto tinha FIBROSE CÍSTICA, conhecem essa doença? Pois é. Ela te deixa, entre outras coisas, FRACO.

 - Não há RESTO DE PÓLVORA em lugar nenhum. Imaginando que o garoto seja um expert em crime (fato que, segundo os mui competentes jornalistas que redigiram a(s) matéria(s) sobre o caso, teria aprendido com jogos eletrônicos), ele ainda deixaria pólvora em si mesmo ao cometer suicídio. A pólvora sumiu?

 - Após ser efetuado um disparo, você REALMENTE acredita que a família tenha continuado a dormir tranquilamente? Os pais eram policiais, com treinamento e tudo; será que um deles não poderia ter facilmente tirado a arma da mão do menino, enquanto esse se re-estabelecia do choque da pistola?

 - Depois de ir de carro [isso já tava mal explicado, aí veio esse delegado e piorou tudo] ele teria abandonado o veículo e voltado tranquilamente de carona? Por quê diabos…?

Ele é um gênio do crime, lembrem-se: Isso seria temerário demais para um supervilão vindo direto dos consoles, não acham? (Aah, mas o malvado sempre perde…

 - Apesar de ser uma inconveniência daquelas, reforçada pelo fato de já possuir uma pistola na mochila, ele preferiu se matar com a mesma arma que matou os pais, segundo a versão policial. Sem motivo; ele só preferiu fazer isso. (Claro, faz mesmo muito sentido).

 - Os familiares e amigos da família consideravam o garoto CALMO e CARINHOSO. Lógico que isso provém da mesma mídia que eu chamei de manipuladora, então não tenho certeza se deveria incluir.

 - Vocês conseguem ver um garoto de 13 anos dirigindo um automóvel tranquilamente após cometer um assassinato? Tudo bem – pode existir em casos extremos de psicopatia, mas e as restrições motoras do moleque em questão, como por exemplo, sua estatura?

Gente, apenas UM desses argumentos já descaracterizaria a hipótese absurda levantada pela PM. Eu citei seis/sete, mas existem mais outros – o conto de fadas é mais absurdo e tem mais falhas de roteiro do que Harry Potter, nada contra os fãs dele, claro, claro (peace).

Como se não bastasse tudo isso, não há contra-argumentação nenhuma. Os principais argumentos que li, que defendiam a ideia do garoto assassino, foram:

 - Ele não tem Deus no coração.
(Por favor, aperte alf+f4 na sua vida. Obrigado)

 - Ele jogava um joguinho violento.
(Eu também jogo – umas 25h/dia -, e embora me dê muita vontade de cometer violência contra gente que fala esse tipo de ASNEIRA, minha ficha criminal continua limpa. E a da maioria dos jogadores também. É muito fácil encontrar-se um determinado fator, como por exemplo o Assassin’s Creed, e responsabilizá-lo por um desvio de conduta. Seria uma justificativa simples e conveniente – embora completamente infundada. Olha, francamente: Escrever sobre este assunto me irrita, pois já foi tão debatido e me parece tão óbvio se tratar de um bode expiatório, que vou apenas linkar um texto do Literatortura sobre o assunto. Se quiserem mais informações, usem o google – e um pouquinho do cérebro)

 - Eu já vi casos de criança psicopata.
(Eu também já. O fato de ser uma criança não é suficiente para descaracterizar o crime, verdade. Já o fato de ser absolutamente improvável que saiba dirigir, ou que alcance os pedais, com a idade… E de dificilmente conseguir segurar uma arma… E de ninguém fazer nada contra o menino… Enfim. Outra coisa, não é só porque existem casos de psicopatia infantil que a ideia se sustenta. Se fosse o caso, mate seu filho e viva para sempre)

 - O fato foi informado pelos policiais e não pela mídia.
(Ahn… E daí? Aliás, você tava lá para ouvir que os caras falaram isso mesmo ou tá só repetindo o que você viu na, hm, mídia? Só constatando. Os policiais teriam motivo para mentir, conforme já foi cansativamente apresentado)

 - A arma foi encontrada na mão do garoto.
(Vejam bem, não sou nenhum especialista forense. Tudo bem, o garoto era canhoto e a mão era a esquerda, mas é uma prova terrivelmente fácil de ser plantada, tanto pelo(s) verdadeiro(s) matador(es) quanto pela própria polícia, e essa hipótese se acentua vertiginosamente ao perceber a falta de pólvora constatada)

Olha, vejam bem. Eu não sou uma pessoa que vê o mundo todo como uma teoria de conspiração; acho que alguns maquiavelismos são, infelizmente, necessários. Mas agride-me a falta de uso da capacidade de perspicácia das pessoas. Entendo tratar-me de um boi dentro de um gado, mas incomoda-me o pastoreio; a facilidade do mesmo. Eu gostaria que as pessoas, só um pouquinho, só de vez em quando, utilizassem-se dessa visão de mundo completa que tenho certeza que possuem.
Eu entendo também que utilizo-me de uma certeza aparentemente irreversível, possivelmente tão cega quanto “o outro lado”, e posso estar sendo tão maquiavélico (sem perceber, evidentemente) quanto aqueles que acuso ser; se provar-me errado, o que dificilmente acontecerá (conforme já disse, peritos?, podem ser comprados), me desculparei, como já fiz antes. A rigor, estou apenas mostrando os fatos por uma perspectiva um pouquinho mais perceptiva.

Não engulam a história. Não repitam-na. PENSEM. A memória do garoto MERECE isso.
Tenham todos um dia ótimo,

Texto original e blog do autor

Disclaimer: O texto está agressivo, e peço desculpas se de alguma maneira ofensivo.  Não é a intenção, de maneira nenhuma, ser o dono da verdade e tampouco atacar a capacidade cognitiva de quem discorda de toda a argumentação factual apresentada.  Acredito que a agressividade mostrada no texto é um reflexo da indignação apenas, promulgada principalmente pela mentira e por coisas como esta aqui, uma “fanpage” que já condenou o garoto e que visa unicamente a autopromoção. Possuo um nojo profundo de ambas as coisas.

Caso queira ler mais sobre o assunto: Filho dos PM’s, Mídia oportunista e a falha tentativa em culpar Ezio, um personagem fictício.

Fonte: http://causasperdidas.literatortura.com/2013/08/07/o-menino-que-nao-matou-os-pais-2/

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