Looking For Anything Specific?

 




Jornalistas lançam canal online sobre direitos humanos


A Ponte vai ao ar na próxima semana e se propõe a ser um canal alternativo de informações sobre Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos

"A cumplicidade do quarto poder com os poderes dominantes faz com que ele deixe de funcionar como tal, o que representa um grave problema para a democracia, pois não é possível concebê-la sem o autêntico contrapoder da opinião pública. (...) Minha proposta é que todos nós participemos da criação de um quinto poder, que se expressaria mediante a crítica ao funcionamento dos meios de comunicação, papel que antes cabia ao quarto poder", Ignacio Ramonet, no livro "Mídia, poder e contra-poder".



Qual o papel do jornalismo em nosso cotidiano social? Qual sua função nas engrenagens do nosso sistema? A resposta a essas perguntas se tornou hoje um caminho a percorrer. Os objetivos do jornalista e o que devemos ou não noticiar podem variar, mas algo essencial para o exercício de um jornalismo consciente é a ética da profissão.

O juramento de quem se forma em Jornalismo no Brasil indica alguns caminhos possíveis para responder as questões propostas no início do texto. Jura-se “exercer a função de jornalista, assumindo o compromisso com a verdade e a informação”, jura-se atuar “dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação”. Mas será que os nossos meios de comunicação seguem, de fato, esses princípios universais? Ou deveríamos ficar mais atentos e, como sugere o jornalista e sociólogo Ignacio Ramonet em seu texto, questionar o funcionamento desses meios?

Um grupo de 20 jornalistas, designers e fotógrafos brasileiros acredita que sim, que o jornalismo de qualidade é capaz de ajudar na construção de um mundo mais justo. Juntos formaram o coletivo Ponte, que se propõe a ser um canal alternativo de informações sobre Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos. “Queremos dar visibilidade a questões que passaram a ser omitidas pela mídia comercial, contar histórias que não estão no dia-a-dia”, explica o grupo em seu site oficial.

Um dos colaboradores do canal, Milton Bellintani, afirma no vídeo-teaser da Ponte: “O Brasil precisa, na etapa que a gente tá vivendo da construção de uma democracia para todos, de um jornalismo comprometido com essa construção, de um jornalismo que não se baseie nos interesses e nas conveniências comerciais que a gente vê na imprensa tradicional”.

O canal conta com o apoio da Pública, uma agência sem fins lucrativos de reportagem e jornalismo investigativo. Uma de suas fundadoras, Natalia Viana, diz que “é um tema que precisa ser coberto consistentemente com um jornalismo de qualidade e de ponta”.

Além disso, mais de 60 organizações e pessoas ligadas à área de direitos humanos apoiam o lançamento da Ponte e o Sou ES também acredita nessa iniciativa! O canal entra no ar na próxima semana, por meio do site www.ponte.org.

Fonte:  http://www.soues.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=1264&categoria=2&nocache=1403341940

Postar um comentário

0 Comentários