Falta de estrutura dificulta atuação de 73% dos conselhos tutelares da RMC

Das 18 instituições pesquisadas, 13 têm problemas na região de Campinas.
Em 70% das instituições, há falta de materiais e ausência de manutenção.

 A falta de infraestrutura dificulta a execução dos trabalhos em 73% dos conselhos tutelares da Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo levantamento realizado pela EPTV. Em 13 instituições foram registrados problemas como falta de computadores, móveis e materiais de escritório, além de problemas com carros e abrigos.

A pesquisa foi feita nas cidades de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.

Em nove conselhos tutelares da região, faltam manutenção e acessibilidade. Já em oito deles, há problemas com os veículos, que são velhos ou precisam ser compartilhados com outros secretarias dos municípios. Mais da metade das unidades não tem o número suficiente de computadores ou as máquinas estão sem manutenção.

Em nove das instituições, o que representa 70% dos conselhos tutelares da região, há problemas com móveis e materiais de escritórios, como falta de mesas e cadeiras, além de impressoras que não funcionam e celulares que não tem as contas pagas. Em quatro, a principal dificuldade é com os abrigos, pois falta vagas para crianças e adolescentes.

Sem carro
Um dos conselhos tutelares da região com mais problemas é o de Valinhos. Segundo Ricardo Massanet, coordenador da instituição, o local não tem fraldário e brinquedoteca, nem área específica para que as crianças aguardem o atendimento. "A gente tem uma verba da Prefeitura de R$ 100 mensais pra gente poder fazer compras pro conselho", afirma. O conselho tutelar também não possui carro. Segundo a secretária de desenvolvimento social, Regina Maura Daroz, o prazo para entrega do veículo é de um mês.

Em Engenheiro Coelho, os computadores do conselho tutelar não funcionam direito e muitas vezes o registros precisam ser feitos à mão. Além disso, o carro da instituição está quebrado. "O veículo tem que estar sempre à disposição. Eu costumo comparar com uma ambulância. Eu não sei quando eu vou precisar, mas precisa ter", afirma. A comunicação entre os funcionários também é dificultada, já que os celulares da instituição não funcionam direito.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Engenheiro Coelho afirmou que não há verba no município para a reforma do prédio. Sobre o carro, a administração municipal prometeu que o conserto será feito em breve.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/06/falta-de-estrutura-dificulta-atuacao-de-73-dos-conselhos-tutelares-da-rmc.html