Depois de ampliar o caos no começo do ano letivo e deixar mais de meio milhão de jovens fora as escolas, governo Alckmin (PSDB), pressiona para fechar salas de aula
Professores da rede estadual paulista estão denunciando em todo uma verdadeira ação premedita do governo tucano para promover o fechamento de salas de aula, principalmente do turno da noite, em todas as escolas que ainda oferecem esta modalidade, destinada principalmente ao atendimento da juventude trabalhadora.
A situação PE ao alarmante que a paralisada diretoria do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) declarou em seu Boletim Apeoesp Urgente (Nº 8) que “está em curso um processo generalizado e silencioso de fechamento de classes no período noturno”, ao mesmo tempo em que assinalou que a única coisa que fez foi levar “os casos que nos tem chegado ao conhecimento... à SEE [Secretaria Estadual de Educação], para que, diante da demanda existente, o processo fosse suspenso”. Ou seja, a burocracia sindical, acaba concordando com a política do tucanato que, justamente, aponta como causa para o fechamento das salas a “ausência de demanda” uma vez que entendem que as salas de aulas podem funcionar superlotadas com 40 ou mais alunos em classes que, na maioria das vezes, não dispõe de recursos elementares, como iluminação adequada, assentos na quantidade devida, ventiladores etc.
A direção do maior Sindicato do País não se propõe a fazer qualquer campanha de denuncia e mobilização contra este verdadeiro crime que se soma a uma verdadeira operação de desmonte da escola pública em favor do ensino provado, no Estado mais rico da federação.
Um dos resultados desta política de dificultar o acesso dos alunos à Escola, exigindo-se uma demanda elevada para que se examine a possibilidade de abertura de novas salas e o não fechamento das salas abertas é a expulsão em massa de centenas de milhares de alunos em idade escolar da rede pública.
Dados disponíveis de 2013, apontam a existência no País de cerca de 8% de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos que não frequentam escolas. Um total absurdo de 3,6 milhões está sem estudar.
O Estado governado pelo PSDB (no qual mais se abriram escolas privadas nas duas últimas décadas) tem o maior número absoluto de crianças e adolescentes sem atendimento de todo o País, próximo de 600 mil “sem escolas”, o equivalente a cerca de 10% do tamanho da rede estadual paulista. Esta multidão supera, por exemplo, o total de crianças e jovens fora da escola em toda a região Norte que tinha, em 2013, 10,3% das crianças em idade escolar (499 mil) não matriculadas, segundo dados da ONG Todos Pela Educação.
Neste começo do ano letivo, as Diretorias de Ensino do Estado levam adiante uma verdadeira campanha pelo fechamento de salas de aulas (reforçando a “dose” da “operação fecha-salas”, já aplicadas no planejamento de salas de aulas para 2014, estabelecido no final do ano passado). Nas escolas, diretores são orientados a passarem listas e cancelarem as matrículas dos alunos que não frequentem os 10 primeiros dias letivos, com o propósito de que se constate uma “baixa demanda” que justifique o fechamento de salas e o reagrupamento dos alunos em salas superlotadas e a consequente redução de jornadas ou até demissão de milhares de professores.
Tudo para “economizar” recursos do orçamento da Educação que é uma das principais fontes de sustentação dos parasitismo da burguesia, cada vez mais dependentes dos recursos do Estado, diante do colapso do capitalista cada vez mais evidente.
Contra esta política, ao contrário de dar “conhecimento à SEE” tucana - que não apenas já conhece essa situação, como age de forma consciente para impulsionar esta política contra toda a comunidade escolar e a população pobre fora da Escola - é preciso realizar uma ampla campanha de denuncia e a pela mobilização de educadores, estudantes, pais e suas organizações de luta pela reabertura das salas de aula fechadas; imediata redução do número de alunos por sala de aula (máximo de 25), pela estabilidade no emprego de todos os professores e por pesados investimentos na Educação pública e fim do financiamento público das redes privadas: verbas públicas somente para o ensino público.
FONTE: http://www.pco.org.br/movimento-operario/operacao-caos-na-educacao-fecha-salas-de-aula/aeie,z.html
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