A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) fez
hoje (10) uma ação para chamar a atenção de pais e responsáveis para
importância de identificar, por meio de pulseiras ou cordões, crianças
em locais de grande movimento, como a Rodoviária Novo Rio, na região
central da cidade, onde a iniciativa ocorreu.
A ação integra o
programa SOS Crianças Desaparecidas, da FIA, e contou com o apoio da
Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.
Técnicos
da organização abordaram pais e responsáveis, distribuíram cartazes com
fotos de crianças desaparecidas, panfletos e pulseiras de
identificação, e explicaram a importância de se identificar uma criança
em locais de grande movimentação. De acordo com o secretário estadual de
Assistência Social e Direitos Humanos, João Carlos Mariano, é mais
fácil encontrar uma criança que foi identificada previamente.
“Só
quem vive a perda, o desaparecimento de uma criança, sabe que a dor é
imensa. Nós não temos ainda a cultura de identificar as crianças. Sempre
que você circula em locais de grande movimentação é importante que ela
esteja identificada. Se uma criança se perder tem como a administração,
ou o poder público, ter essa referência e localizar os pais”, explicou.
Segundo
o secretário, os pais estão sendo orientados a sempre que sair com as
crianças, identificá-las e aconselhá-las para que, caso se separem,
procurem alguma autoridade pública, como policiais militares ou guardas
municipais.
“Hoje estamos fazendo uma campanha de visibilidade. As
pessoas ainda saem com as crianças com a percepção de estar sempre de
olho. Mas a gente sabe que, muitas vezes, em uma distração, um fato que
chame a sua atenção, a criança pode ser levada a outro caminho e, a
partir dali, você não consegue visualizá-la”, completou.
O
coordenador do programa SOS Crianças Desaparecidas, Luiz Henrique de
Oliveira, destacou a importância da ação na véspera da Copa do Mundo,
que começa na próxima quinta-feira (12). De acordo com Oliveira, é mais
fácil que os pais ou responsáveis se distraiam durante as festividades
do evento e acabe se perdendo dos filhos.
“A nossa ideia, há 18
anos, é fazer com que as crianças já saiam da maternidade com a carteira
de identidade e a certidão de nascimento. É muito fácil a criança ser
abordada por pedófilos ou alguém que queira levá-la. O momento da Copa é
um momento de alegria, um momento de festa, a gente acaba se
distraindo”, disse.
A costureira Gislaine Marinho disse que sempre
que sai com seus três filhos fica com medo de se distrair e não
encontrá-los mais. “[A pulseirinha] é muito boa, né? Ajuda a criança a
se identificar, se se perder. Vou colocar sempre nele e nas minhas
outras duas filhas. Sempre tive essa preocupação”.
Em 18 anos de
atuação, a FIA encontrou 2,9 mil crianças e adolescentes, alcançando um
índice de 85% de localização. De acordo com a entidade, estima-se que
cerca de 40 mil crianças e adolescentes estão desaparecidas em todo
país.
0 Comentários