121 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola
20 janeiro
Um relatório lançado nesta segunda (19), em Londres, mostra que 121
milhões de crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, no mundo inteiro
desistiram de frequentar a escola ou sequer começaram a fazê-lo; o
documento foi feito pela Unesco e Unicef e contrasta com a promessa da
comunidade internacional de alcançar a Educação para Todos até 2015; de
acordo com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, os métodos
tradicionais de ampliar o acesso à educação, baseados em mais
professores, mais livros didáticos e mais salas de aula, não é mais
eficaz; para ela, os métodos têm que considerar formas de incluir
crianças menos favorecidas Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Um relatório lançado hoje (19), em Londres, mostra que 121 milhões de
crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, no mundo inteiro desistiram de
frequentar a escola ou sequer começaram a fazê-lo. O documento foi
feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e
contrasta com a promessa da comunidade internacional de alcançar a
Educação para Todos até 2015. O relatório, intitulado “Reparação da promessa quebrada de Educação
para Todos: resultados da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola”,
mostra que houve pouco progresso na melhora desse cenário desde 2007.
Além disso, o documento revela que 63 milhões de adolescentes, com
idades entre 12 e 15 anos, não estão na escola. Esse número mostra que
há muito mais adolescentes nessa situação do que crianças. Enquanto uma a
cada 11 crianças em idade escolar de nível primário não frequentam a
escola, um em cada cinco adolescentes está na mesma situação. De acordo com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, os métodos
tradicionais de ampliar o acesso à educação, baseados em mais
professores, mais livros didáticos e mais salas de aula, não é mais
eficaz. Na opinião de Irina, os métodos têm que considerar formas de
incluir crianças menos favorecidas. “Precisamos de intervenções específicas para alcançar as famílias
deslocadas devido a conflitos, as meninas que são forçadas a ficar em
casa, as crianças com deficiências e as milhares que são obrigadas a
trabalhar. Porém, essas políticas têm um custo. Este relatório serve de
alerta para mobilizar os recursos necessários para garantir a educação
básica para cada criança, de uma vez por todas”. O relatório mostra também que as mais afetadas pela falta de acesso à
educação são as crianças que vivem em áreas de conflito, as que
trabalham e aquelas que enfrentam discriminação baseada em etnia, gênero
ou deficiência. A pobreza, contudo, é o maior vilão da educação, diz o
estudo. Na Nigéria, por exemplo, dois terços das crianças em áreas mais
pobres não vão à escola. E 90% delas, provavelmente nunca o farão. Os
índices mais elevados de crianças fora da escola são encontrados na
Eritreia e na Libéria, onde 66% e 59% das crianças, respectivamente, não
frequentam a escola primária. O diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake, enumera três prioridades
de investimento em três áreas. A primeira delas é aumentar o número de
crianças frequentando a escola primária; a segunda é ajudar mais
crianças, principalmente as meninas, a permanecer na escola durante todo
o nível secundário; e a terceira é melhorar a qualidade da
aprendizagem.
“Não deve haver discussão a respeito dessas prioridades: nós
precisamos realizar as três, porque o sucesso de cada criança – e o
impacto do nosso investimento em educação – depende de todas elas”,
avalia Lake. Os dados da pesquisa podem ser consultados no site da
Unesco, de forma interativa (site em inglês). FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/167102/121-milh%C3%B5es-de-crian%C3%A7as-e-adolescentes-est%C3%A3o-fora-da-escola.htm
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