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Com problema mental, adolescente vive acorrentado, por falta de atendimento médico





Sem tratamento adequado, medida foi tomada pelo pai do adolescente. Pai alega que medida é para a segurança do próprio filho.

Sem condições para tratar o filho de 14 anos – que tem problemas mentais - o lavrador João Amaral, de Santo Amaro do Maranhão, a 285 quilômetros de São Luís recorreu a uma medida extrema: acorrentar o adolescente. Ele explica que o filho “entra nas casas”, antes de ser agredido pelo menor.

As marcas no tornozelo do adolescente não são recentes. A família do lavrador está hospedada na cidade de São José de Ribamar, região metropolitana da capital. A irmã do adolescente, Maria Ribamar Silva, cofirma que acorrentam o jovem ‘porque ele está doente’. “Quem vê ele assim acorrentado, pensa que a gente faz porque quer, mas não é não. Ele sai querendo agredir as pessoas, joga pedra”, contou.

O drama da família começou há três meses em Santo Amaro, na região dos Lençóis Maranhenses. Há um mês, com orientação do Conselho Tutelar o lavrador veio para a capital em busca de tratamento psiquiátrico para o filho. Nesse período, ele já esteve internado no Hospital Nina Rodrigues por duas vezes. Porém, cada vez que sai, volta para a mesma situação. É que o Sistema Único de Saúde (SUS) não permite mais internação de casos psiquiátricos nos hospitais da rede pública, cabendo às famílias, mesmo sem condições, cuidar de seus pacientes.

Em nota, a direção do Hospital Nina Rodrigues informou que casos que requerem internação nas clínicas psiquiátricas conveniadas ao SUS devem ser encaminhados pela Secretaria de Saúde Municipal.

O Conselho Tutelar de São José de Ribamar informou não ter sido contatado pelo Conselho de Santo Amaro. Porém, o problema vai ser encaminhado para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) daquele município. “O CAPS é o órgão que cuida desses casos e daí é que a gente vai encaminhar para o Hospital Nina Rodrigues para que ele possa ser internado em caráter permanente, porque o caso dele é um caso muito mais grave”, garantiu a conselheira Maria da Conceição Sousa.

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