As mensagens instantâneas do WhatsApp - aplicativo de comunicação
multiplataforma - já se transformaram em febre e é difícil encontrar
alguém que não faça uso desta tecnologia atualmente.
A facilidade de comunicação é um dos principais atrativos do
dispositivo, que permite também o compartilhamento de imagens e vídeos.
Com relação a isso, alerta o delegado adjunto da 4ª Delegacia de Polícia
de Campo Grande, Fábio Sampaio, é preciso cautela. “A orientação é
sempre para que as pessoas se resguardem na sua intimidade o máximo
possível”, afirma.
Em abril de 2014, caso mais recente registrado no Estado, uma
adolescente de 15 anos, de Três Lagoas (MS), teve uma foto íntima
divulgada em redes sociais. De acordo com o delegado Paulo Henrique
Rosseto, da 1ª Delegacia de Polícia da cidade, a adolescente enviou uma
foto em que aparecia totalmente nua por WhatsApp para uma pessoa que ela
não conhecia. A polícia investiga o caso.
Fábio Sampaio explica que o ambiente virtual encoraja as pessoas a
cometer este tipo de abuso, pois o autor acredita que o crime não vai
ser descoberto. “Quem divulga fotos dessa forma sem a autorização comete
crime sim”, ressalta. Assim como em ambientes físicos, no virtual
também há pessoas de má índole e, por isso, é preciso o máximo de
cautela, acrescenta.
Uso do WhatsApp nas escolas
Apesar da universalização do uso do aplicativo, os jovens são os que
mais utilizam o WhatsApp. E como não poderia deixar de ser, a escola -
local onde crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo -,
precisa lidar com a questão também. “Temos essas dificuldades, volta e
meia temos que chamar a atenção do aluno”, afirma o coordenador de
ensino médio Lúdio da Silva, sobre o uso dos celulares nas salas de
aula.
O coordenador conta que desde os mais novos até o alunos das séries
mais avançadas fazem uso do WhatsApp e, consequentemente, do celular .
“Na maioria das vezes o aluno utiliza pra usar o WhatsApp, que tem grupo
de amigos da escola, da família, amigos do bairro e por lá ele fica”,
pontua.
Lúdio explica que a escola onde atua tem regulamento bastante claro
com relação ao uso do celular e pune caso haja abuso por parte dos
alunos. “Não recolhemos, mas os alunos sabem que se tiverem usando, vão
ser chamados à coordenação. Tem tolerância, mas, se por acaso houver
reincidência, entramos em contato com os pais”.
Com relação às típicas “desculpas” que os alunos usam para manusear o
celular durante as aulas, como a necessidade de falar com os pais,
Lúdio rebate. “Se os filhos precisarem conversar com os pais eles têm
total liberdade para ir à coordenadoria”, finaliza.
Supervisão dos pais
Para a psicóloga Silvia Stefanini, a palavra de ordem quando o
assunto é utilização da tecnologia é moderação. “O aplicativo é muito
bom, mas tem que ter discernimento em seu uso”, pondera. A psicóloga
explica, ainda, que é preciso elencar critérios para utilização e
discernir até que o ponto a tecnologia faz bem.
Sobre o controle do que o adolescente envia ou com que ele mantém
contato, Silvia aponta a presença dos pais como fundamental. “Se os pais
dão um celular para o filho, precisam monitorar também. Na fase de
adolescência, o senso crítico do jovem está em desenvolvimento. Nesse
caso, quem deve chefiar é o pai mãe”, enfatiza.
Silvia enfatiza que a tecnologia é positiva, desde que a criança
tenha orientação e supervisão. “Os pais precisam estar com a atenção
redobrada”.
Fonte:
http://www.fatimanews.com.br/noticia/detalhe/uso-do-whatsapp-por-criancas-e-adolescentes-expoe-a-riscos-reais-e-dei/158555
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