Em tempos de Herodes Pouco me importo de o sistema escolar ser ruim, meu filho e minha família nunca precisaram de escola pública; quando a gente pensa na saúde imagina que o sistema publico é precário; quando é a vez do sistema e transporte, já sabe estar lotado, o trânsito é um purgatório.
A gente nem consegue, de fato, enumerar o que é bom, se é que existe
algum serviço público que atenda nossas necessidades de forma plena, a
corrupção endêmica é outro problema bravo. Pois bem, ligo a TV às 4
da matina e tem lá um debate sobre a redução da idade penal e pergunto
será esse o grande motivo da criminalidade no Brasil? As escolas têm
contribuído muito pouco com a educação de fato professores e diretores
das escolas públicas vivem em pleno caos e não abrem mão do parco
salário, que, por sinal, em se tratando de educação, é miserável. Contudo os meios de comunicação e de produção.
Pregam a educação profissionalizante mesmo sabendo que apenas 18 % da
população jovem vai conseguir terminar um curso superior. E grande parte
de desses 82 % de jovens não terão um emprego que o salário atinja mais
do que dois salários mínimos. Nas periferias a população jovem está
amontoada e sem perspectivas e mesmo assim o estado não consegue e
talvez nem tenha vontade de mudar essa situação. Políticas afirmativas construídas a partir da ótica dos jovens seria um bom caminho.
E volto à TV e assisto que a solução dos problemas seria aumentar o
número de cadeias e reduzir a idade penal para 14 anos, como se isso
fosse uma luz no fim do túnel, ou, talvez, uma forma de jogar o lixo
para debaixo do tapete. Será essa a solução para a doença social que vivemos?
Políticas afirmativas construídas a partir da ótica dos jovens seria,
sim, o caminho. Reduzir as cadeias, reduzir a violência, ampliar a
integração do jovem à sociedade e o acesso dele ao trabalho, às práticas
sociais, às práticas culturais da comunidade.
Fonte: Mensgem enviada pelo Facebook pelo amigo Neri Silvestre.
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