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Fundação CASA de São Bernardo é alvo de denúncias





Fundação CASA de São Bernardo é alvo de denúncias


Agressões, tortura, humilhação. Estes são alguns dos ingredientes utilizados pela Fundação CASA no trabalho com adolescentes internados nas unidades do Bairro Batistini, em São Bernardo do Campo.

Familiares relatam que as situações de crise, por mais simples que sejam, geram situações de intensa agressão e tortura. Em episódio recente, seis adolescentes envolveram-se em um tumulto quando um dos seguranças da unidade tentou tomar maços de cigarros que teriam sido lançados pelo muro. A reação foi de extremo uso da força. Além dos seis envolvidos, mais 17 adolescentes foram agredidos e trancafiados. Permaneceram, pelo menos, 5 dias na famosa “tranca”, apenas de cuecas e sem nenhum atendimento médico, apesar das intensas agressões.

Os adolescentes relatam situações cotidianas que configuram o crime de tortura: são acordados às 6h e obrigados a ficar sentados, em silêncio, em um banco de cimento dentro do dormitório até as 11h; há situações em que passam o dia inteiro algemados em pé e com a cabeça encostada na parede; como forma de castigo, ficam dias sem chinelos, descalços; os banhos devem ser tomados em um minuto e o contato com as famílias é impedido.


Trabalhadores também reclamam

As denúncias não param por aí. Trabalhadores das unidades de São Bernardo relatam que vivem em constante situação de assédio moral, muitas vezes obrigados a dobrar o plantão e sem as condições minimamente necessárias para desenvolver o papel para o qual foram contratados: contribuir na educação, social, formal e profissional, dos adolescentes. Segundo eles, não há qualquer projeto pedagógico em execução nestas unidades, apenas a contenção, baseada na violência.


Denúncia foi apresentada aos órgãos públicos

Conselheiros tutelares da cidade estiveram na unidade em, pelo menos, duas situações nos últimos seis meses. Constataram as denúncias e as encaminharam ao Ministério Público e ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Segundo eles, São Bernardo não é exceção à regra de violência implantada pela Fundação CASA. Em encontro dos Conselheiros Tutelares do Grande ABC, representantes de Mauá relataram situações idênticas na unidade da cidade.

Estas denúncias geraram, inclusive, uma solicitação de vistoria por parte da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Fonte: Mensagem enviada por email

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