Enquanto nos
preparávamos para desejar felicidades e parabenizar as mulheres por mais um dia
de celebração das constantes lutas contra a opressão das violências machistas,
fomos diretamente alvejados na nuca, numa tentativa de calar a voz das mulheres
que assim como a nossa grande lutadora Rosa Luxemburgo, só almejavam viver em
um mundo onde pudéssemos ser socialmente iguais, humanamente diferentes e
totalmente livres.
E, é por essa busca
inconstante da maioria dos seres masculinos em ostentar sua superioridade em
relação à mulher ilustrada pela chacina das jovens de Goiás, que me pergunto,
será que eu, gerado no conforto do útero de uma mulher, pai de três crianças,
sendo uma delas menina e pretendendo em parceria de minha grande companheira
aumentar essa prole, me sentir homem? Seria
eu renegado por não compactuar com essas atrocidades? Não sei!
Mas sei que se calar
diante de tal circunstância nos tornará cúmplice e conivente dessa
desumanidade, sei também, que grande parte dos seres masculinos nesse momento
esteja, de forma muito equivocada, preocupados em ostentar superioridade com
relação à mulher através da condição física (muscular), através de sua
influencia politica (machista), através de sua condição econômica
(capitalista), mas sei que mesmo fazendo parte da minoria, que talvez não tenha
massa muscular, que não tenha comportamento machista e que não se renda ao
capital e que se junta ao movimento de direitos humanos para dizer basta a
violência contra a mulher, não é suficiente para sanar essas barbaridades.
Infelizmente a
chacina das Jovens de Goiás, apenas simboliza o mapa de violência contra a
mulher, pois A pesquisa Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil,
coordenada pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Leila Posenato
Garcia, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres
por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas
anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou
em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100
mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme
destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a
vigência da Lei.
Não
tenho a intenção de aqui oferecer uma analise técnica sobre esse fenômeno
macabro, porém de forma muito intensa quero dizer aos “pares masculinos”, que a
masculinidade deve padecer no conforto da harmonia entre Gênero, Etnia e
Diversidade Sexual.
O DADO MAIS RELEVANTE
DESSE HISTÓRICO, É QUE POUCOS SÃO OS QUE DÃO NOTORIEDADE AO ASSUNTO E COMO
FORMA DE COMBATER ESSA VIOLÊNCIA PEÇO-LHE QUE COMPARTILHEM ESSE TEXTO.
Leonardo
Duarte, Ex Menino de Rua, Fotografo, Educado Social e Conselheiro Tutelar.
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