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Conselheira denuncia más condições de trabalho em Conselho Tutelar


A falta de veículo próprio, de profissionais, de infraestrutura e o baixo salário motivaram uma conselheira tutelar – que não quis se identificar – a denunciar as más condições de trabalho dos profissionais do Conselho Tutelar de Barrinha.
Segundo a mulher, o prédio onde atualmente trabalham quatro conselheiras é cedido por uma usina da cidade e das três salas, apenas duas podem ser usadas, pois uma foi desativada por conta de inundações provocadas pelas chuvas. “Não temos fax, a impressora é péssima e quando temos que atender uma denúncia urgente temos que correr atrás de um carro para chegar ao local, até usamos ambulâncias para nos levar até as ocorrências”, afirma.
Ainda de acordo com a conselheira, o salário pago é o mais baixo de toda a região. “Fizemos um levantamento e somente nós recebemos um salário mínimo. Até no município de Luiz Antônio, que é menor que o nosso, o salário é maior, além de terem benefícios que não temos”.
Um carro da ronda municipal atende o Conselho Tutelar, no entanto, o veículo é usado também no trabalho diário da Guarda Civil, de acordo com a denunciante. “Chegamos protocolar uma ação civil pública contra a prefeitura, inclusive, temos uma audiência na segunda-feira (12), no Fórum de Sertãozinho. Já pedimos ajuda à prefeitura e à Câmara, mas nunca conseguimos nada”, desabafa.
Outro lado
O advogado da prefeitura, Eduardo Bruno Bombonato desmentiu as denúncias e disse que sempre que foram procurados pelas conselheiras, os pedidos foram atendidos. “O Conselho Tutelar é autônomo, mas até agora não recebemos reclamação com relação ao salário, pois elas trabalham duas vezes na semana e exercem outras funções, além disso, o salário é definido por lei”.
Segundo o advogado, para que ocorra aumento salarial é necessário que a Câmara estude o caso e um projeto de lei seja proposto para ser votado. “Até hoje [quinta-feira], todos os pedidos que fizeram foram atendidos. Desconheço esse problema de vazamento de água em uma das salas”, contesta.
Com relação ao uso da ambulância para atender ocorrências, o advogado da administração desmentiu. “Elas só vão de ambulância quando existe criança lesionada ou a possibilidade de ferimento. Mesmo porque, a ambulância tem que ser requisitada para a saúde antes de ser usada”.
Carga horária
Segundo a denunciante, elas trabalham oito horas diárias, três vezes na semana, sendo dois plantões noturnos e aos finais de semana é feito escala. “Com quatro conselheiras apenas estamos sempre cobrindo as ausências”.
Eleição
A eleição para o Conselho Tutelar normalmente ocorre uma vez ao ano, quando dez pessoas são eleitas, sendo que cinco assumem as funções e o restante fica como suplentes, segundo a conselheira. “Em Barrinha, como não há interesse por parte das pessoas, ocorrem eleições sempre que necessário. Ninguém quer arriscar”, disse.
Mais uma vez, a denúncia é desmentida pelo advogado da prefeitura. “Pelo que sei, a eleição foi bem concorrida aqui em Barrinha. Na última, inclusive, houve até confusão”.
FONTE: http://www.viaeptv.com/noticias/noticias_internaNOT.aspx?idnoticia=383170

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