Pena de morte não é educadora e é irreversível, afirma Ideli Salvatti
20 janeiro
"A
pena de morte é irreversível e não é educadora e não faz parte da
tipificação penal. O Brasil participa na ONU do grupo de países que
defendem a eliminação da pena de morte no mundo”, declarou a ministra.
Durante a interação, a ministra também falou sobre o combate a crimes de
ódio na internet, políticas de acessibilidade, proteção dos direitos de
crianças e adolescentes, educação e direitos humanos, hanseníase e
outros temas.
O país compõe na Organização das Nações Unidas (ONU) o grupo de países que defendem a eliminação da pena de morte no mundo.
Sobre o combate a crimes de ódio na internet, a ministra afirmou que
Grupo de Trabalho criado pelo governo atuará em conjunto com o
Ministério Público, OAB e defensorias públicas para coibir a prática.
"É muito importante a participação da sociedade civil com sugestões e
ideias para concretizar os resultados do grupo de trabalho. A SDH tem
parceria com a Safernet para os crimes de pedofilia e pornografia
infantil."
A ministra declarou que o governo colocará em prática, a partir do
primeiro semestre de 2015, um mecanismo nacional de prevenção e combate à
tortura, com o objetivo de impedir atos de abusos físicos dentro do
sistema prisional.
"Esse mecanismo será composto por 11 especialistas e poderão visitar e
relatar as violações encontradas dentro dos estabelecimentos
prisionais."
Acessibilidade
Sobre o tema da acessibilidade, a ministra lembrou que o governo federal
promove exige a implementação de vias com acessibilidade plena em todas
as obras de mobilidade urbana.
Acrescentou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) tem se empenhado para exigir opções de acessibilidade em obras
apoiadas em cidades históricas.
Ideli declarou que o Brasil está implantando cursos de pedagogia
bilíngue e letras/libras em todos os estados durante conversa com
internautas no perfil da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) no
Facebook.
A SDH/PR implantou 47 centrais de libras em todo país, facilitando ainda mais o acesso das pessoas surdas às políticas públicas.
A ministra abordou também os esforços do governo federal para facilitar o
acesso de deficientes nas escolas regulares e em cursos
profissionalizantes por meio do Plano Viver Sem Limites.
Lei Menino Bernardo
Ideli Salvatti defendeu a implementação da Lei Menino Bernardo,
elogiando a lei como "um marco na promoção de mecanismos de proteção dos
direitos de crianças e adolescentes":
"Uma criança educada com violência reproduzirá a violência. Por isso,
temos que trabalhar em: 1) campanhas de mobilização e educação social.
2) promoção de políticas de formação continuada para todos os agentes
públicos. 3) promover o direito da criança e adolescente à participação
social. 4) inserir nas políticas públicas de saúde, educação e
assistência programas de fluxos de apoio às famílias e agentes
públicos."
Educação
Sobre a inclusão de ações de direitos humanos no currículo escolar,
Ideli citou a aprovação das Diretrizes de Educação em Direitos Humanos
em 2012.
De acordo com a ministra, a ferramenta "se traduz numa prática em sala
de aula com a discussão de todos os temas dos Direitos Humanos e
contribuirá para a construção de uma Pátria Educadora."
"A escola não só deve debater e estudar, mas deve praticar o respeito
aos Direitos Humanos no combate a todos os atos de racismo, machismo,
homofóbico, preconceituosos ou violentos, que ocorrem em todos os níveis
de ensino. As últimas notícias de prática de 'trotes' violentos em
alguns cursos de Medicina são a prova ainda da distância entre Educação e
Direitos Humanos", declarou.
Mapa da Violência
Ideli defendeu a adoção de políticas para reduzir o índice de homícidio
de jovens moradores de períferias. Segundo o Mapa da Violência em média
24 jovens são vítimas de homicídio por dia.
A ministra citou como exemplo o programa Braços Abertos, iniciativa
promovida pela Prefeitura de São Paulo na região da Cracolância que
refletiu na melhora de índices de segurança pública na capital paulista.
Hanseníase
A ministra declarou que o governo está analisando a possibilidade de dar
continuidade às políticas de auxílio a pessoas atingidas pela
hanseníase, com a expansão de benefícios para filhos de pessoas
atingidas e que foram compulsoriamente retirados do convívio familiar.
Nos últimos 7 anos, mais de 8,5 mil pessoas foram contempladas com pensão vitalícia prevista por lei.
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