Encanta-me a história de vida do fotógrafo Leonardo Duarte, nascido em Juazeiro do Norte, mas residente em São Bernardo do Campo (SP) desde 1992. Tomei conhecimento do seu trabalho em 2009, quando estudava Jornalismo e fazia reportagens semanais sobre cultura para o portal de notícias da faculdade. Na época, a Câmara da Cultura Antonino Assumpção promovia a exposição Catadores de Sonhos, com fotografias produzidas pelo fotógrafo.
As imagens retratam com uma sensibilidade ímpar o universo dos catadores de materiais recicláveis. "Essas fotos são incríveis! Não foram feitas por um fotógrafo qualquer", pensei eu na época, enquanto fazia a apuração para a matéria.
Uma entrevista por telefone com Leonardo foi suficiente para admirá-lo muito. Ele foi morador de rua, assim como os personagens que retratou em seu trabalho. De fato, não era um fotógrafo qualquer. Auto-didata, aprendeu sua profissão com paixão e dedicação, tendo a orietação do amigo Paulo Giandalia, fotógrafo profissional, que conheceu em 1997. Confira abaixo um trecho da reportagem feita em 2009. E aqui você confere o site de Leonardo Duarte e seu trabalho repleto de sensibilidade e crítica social.
“Não me surpreendi com os catadores porque tenho uma história semelhante a deles. Eu já vivi na rua e morei, antes de ser fotógrafo, na casa de uma das famílias fotografadas”, diz Duarte, que vive em São Bernardo desde 1992, quando veio de Juazeiro do Norte, sua cidade natal.
A parceria entre ele e Giandalia é antiga, desde 1997, quando foi entrevistado para uma reportagem sobre pessoas auto-didatas. Giandalia o fotografou na ocasião e soube do seu desejo em se tornar fotógrafo.
Duarte passou a contar com a ajuda de Paulo Giandalia para realizar seu sonho e sua história de ex-morador de rua que se tornou fotógrafo, ainda que não profissionalmente, rendeu, na época, manchete em um jornal.
Desde então, o fotógrafo auto-didata dedica-se a retratar a dura realidade que conhece bem: a desigualdade. “Sempre que ouvirem o nome Leonardo Duarte tem um trabalho social envolvido”, diz.
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