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Falta de transporte adaptado continua em escolas estaduais de São Bernardo



Alunos com deficiência enfrentam dificuldades para frequentar sala de aula

O problema da falta de transporte adaptado em escolas estaduais de São Bernardo continua sem solução. No dia 26 de março, o ABCD MAIOR publicou reportagem com relatos de pais de estudantes com necessidades especiais que enfrentam dificuldades para frequentar as salas de aulas por conta da ausência de veículos adaptados fornecidos pelo Estado. Na ocasião, a secretaria estadual afirmou que o transporte para alunos com deficiência ou mobilidade reduzida estava sendo regularizado e que em até dez dias os casos pontuais que ainda não dispunham do serviço teriam o atendimento.

Mesmo com o fim do prazo estipulado pela secretaria, o serviço ainda não foi normalizado, de acordo com os mesmo pais entrevistados na ocasião pelo ABCD MAIOR. A filha de Gabriela Nepomuceno Solidade possui deficiência auditiva e está matriculada na Escola Estadual Professor Amadeu Olivério. Para que a garota continue frequentando a escola, Gabriela e a mãe de outro garoto com deficiência auditiva matriculado na escola e que moram no Parque São Bernardo fazem revezamento para levar e buscar as crianças todos os dias. “Disseram que era para aguardar pelo transporte, mas até agora nada. Estão fazendo pouco-caso”, reclama Gabriela.

Cadeirante -  O filho do conselheiro tutelar Leonardo Duarte continua longe dos estudos. Apesar de estar matriculado na 5ª série da Escola Estadual Professor Joaquim Moreira Bernardes, no Jardim Silvina, em São Bernardo, João Paulo Duarte Pereira, 11 anos, que é cadeirante, não foi à escola nenhuma vez neste ano pela falta de transporte adaptado.

O conselheiro salienta que continua sem saber quando o Estado irá normalizar o serviço e teme que o garoto tenha o rendimento escolar prejudicado. “Meu filho já perdeu o periodo de adaptação e parte considerável do conteúdo. Ele é uma criança que tem o desenvolvimento um pouco mais lento que os demais e, depois de perder esse conteúdo, certamente terá dificuldades para acompanhar e poderá repetir de ano”, alerta Duarte. 

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado informou que “foi feito um contrato emergencial para atendimento desses alunos e que o serviço começará a ser realizado na próxima semana. A pasta vai averiguar o caso e tomar as medidas cabíveis para evitar a reincidência de ocorrências como essa.”

Em 2010 uma ação civil pública foi movida no Ministério Público contra o Estado para garantir o transporte aos estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida. 

Fonte: http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=49446

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