Para os jovens, o mundo virtual é um espaço de expressão e descoberta. Mas é preciso orientá-los a reconhecer e a evitar os riscos da internet
Álcool e drogas são as dependências mais conhecidas e censuradas pela sociedade de hoje. Porém, existem outros vícios de certa maneira aceitos, que aparentemente são nocivos à saúde, como a dependência: do celular, computador, internet e jogos. Essas tecnologias são as novas manias dos jovens atualmente. Não são tóxicas, tornam a vida em alguns momentos mais fácil, mas também produzem mudanças que podem alterar o comportamento social das pessoas.
No inicio a internet só era usada por empresários e profissionais, com o aumento da população isso foi se alastrando para as crianças e adolescentes. Tais tecnologias se encaixam dentro dos padrões da sociedade moderna. São maneiras perfeitas para fugir da realidade. O uso excessivo dá origem ao abandono das obrigações familiares, do trabalho e da cultura.
O caso mais extremo das conseqüências que a dependência pode trazer aconteceu recentemente, quando um jovem de 28 anos morreu de ataque cardíaco depois de passar 50 horas seguidas jogando no computador em uma casa de jogos. De acordo com a polícia da cidade sul-coreana de Daegu, o rapaz passou suas últimas horas em um "jogo de RPG" de estratégia, pelo qual estava obcecado. Parava apenas para ir ao banheiro até que seu coração não resistiu ao esgotamento.
Os especialistas dizem que os pais devem impedir seus filhos que joguem por mais de três horas seguidas, para evitar que fiquem viciados. Grande parte das pessoas que ficam conectadas à internet tem menos de 18 anos. Os jovens apreciem a Web, com seus amigos reais e virtuais, e têm os celulares sempre por perto. Ao meu ponto de vista, nós esticamos on-line! Não vamos esquecer que o bom da internet tem apenas cinco ou seis anos. Existem diferenças entre o uso criativo e o uso restrito. Se você a usa criativamente, por mais horas que fique ligado, está construindo alguma coisa, trabalhando, conversando.
O uso restrito, como o nome diz, perder o emprego, perder o ano na escola, deixar de tomar banho, deixar a saúde de lado não leva a nada. A internet só faz bem à vida social das "pessoas criativas" que a usam com freqüência. Não vamos ser cínicos, a internet, quando é bem usada, é um instrumento imbatível em qualquer campo da atividade humana. Pobre de quem resiste.
Autor : Lucas Dantas / Guia da Semana
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