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Criança espera consultas 'urgentes' há sete meses, diz Conselho Tutelar


Menino de Maringá, no norte do Paraná, tem necessidades especiais. Ele aguarda por avaliação de quatro especialistas diferentes em postinho

Um menino de oito anos está há sete meses à espera de consultas com quatro especialistas diferentes em Maringá, no norte do Paraná, segundo o Conselho Tutelar do município. A mãe do garoto, a dona de casa Gislaine Costa Azevedo, afirma que procurou médicos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), marcou as consultas em março, mas até esta quinta-feira (17) ainda não foi chamada para atendimento.

A criança tem necessidades especiais e, a pedido de uma pediatra, tem de passar por consultas "urgentes" (como está descrito no relatório médico, segundo a mãe) de urologia, oftalmologia, fonoaudiologia e endocrinopediatria.

  De acordo com a mãe da criança,  ele tem má formação nos olhos – o que causa irritação e lágrimas quase o tempo todo –, urina frequentemente sem perceber durante a noite (enurese noturna) e tem graves dificuldades na fala.

Além disso, o menino tem indicação de tratamento endocrilógico semestral, o que não é mais possível sem a nova consulta médica. "Ele necessita mesmo! É uma criança especial, é fácil de pegar infecção. Já são sete meses com as consultas marcadas e nada. Fui lá [na UBS], perguntei para uma moça, e me disseram que está demorando, realmente. Não tenho o que fazer. Vou ter que esperar, né?", lamenta Gislaine.

O Conselho Tutelar de Maringá informou que encaminhou um ofício para a Secretaria de Saúde de Maringá, solicitando a prioridade ao atendimento do menino. Se o pedido não for atendido, o caso será denunciado ao Ministério Público (MP), ressalta o órgão municipal.

A Prefeitura de Maringá disse que o município está sem médicos endocrinologistas e fonoaudiólogos na rede pública, mas que os profissionais devem ser contratados em breve. A administração municipal afirma estar sabendo do caso do menino e, por conta das necessidades especiais dele, as consultas de urologia e oftalmologia devem ser adiantadas. Não é possível, porém, mensurar um prazo para os atendimentos, diz a prefeitura.

Por: Erick Gimenes Do G1 PR, em Maringá

Fonte: http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2013/10/crianca-espera-consultas-urgentes-ha-sete-meses-diz-conselho-tutelar.html

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